TODAS AS MÚSICAS

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SINEAD O'CONNOR












Uma das mais controversas cantoras pop da década de 1990, Sinéad O’Connor aos poucos se tornou um dos nomes mais influentes entre as vocalistas que surgiram depois dela. Seu visual raivoso, com a cabeça totalmente raspada, sempre aparentando mal-humor e vestimentas desestruturadas, fizeram de Sinéad um ícone feminista ao mostrá-la de forma oposta ao que estávamos acostumados em relação à feminilidade e sexualidade. A cantora conseguiu, com isso, mudar a imagem da mulher no rock, deixando de lado estereótipos e provando que não é necessário ser um objeto sexual para ser levada a sério.

Nascida em Dublin, na Irlanda, em 8 de dezembro de 1966, teve uma infância difícil, com seus pais se divorciando quando tinha apenas 8 anos. Aos 19 perdeu a mãe, a quem acusava de abusos, em um acidente automobilístico. Antes disso, foi expulsa de uma escola católica, presa por roubos em lojas e internada em um reformatório. Apesar dos problemas, a sorte parecia sorrir e, quando tinha 15 anos, foi descoberta por Paul Byrne, baterista da banda In Tua Nua, enquanto cantava a canção Evergreen, de Barbra Streisand, durante um casamento.

Já na banda co-escreveu o primeiro single do In Tua Nua, Take My Hand, e resolveu deixar definitivamente a escola para se dedicar totalmente à música. Passou a se apresentar em cafés e, um pouco mais tarde, resolveu estudar piano no Dublin College of Music. Enquanto o sucesso não vinha, ganhava dinheiro com telegramas cantados.

Em 1985 assinou contrato com a Ensign Records e mudou-se para Londes. No mesmo ano gravou sua primeira canção para a trilha sonora de The Captive ao lado do The Edge, guitarrista do U2. Gravou algumas demos, mas resolveu abandoná-las quando percebeu que o som estava celta demais, resolveu, então, assumir a produção de seu álbum de estréia e passou a gravar novas canções. O resultado foi o álbum The Lion and The Cobra, um dos discos mais festejados pela crítica musical em 1987. Duas canções do trabalho se tornaram hits alternativos: Mandinka e Troy. Mas o lado rebelde da cantora chamou mais atenção que suas músicas, em entrevistas para divulgar o álbum Sinéad defendia as ações o IRA e criticava o modo de vida britânico, além de atacar outras bandas, como o U2.

Talvez por isso, Sinéad O´Connor era considerada apenas uma figura cult até o lançamento de I Do Not Want What I Haven´t Got, álbum de 1990, e do single de Nothing Compares 2 U, escrita pelo cantor Prince. Logo depois do lançamento do álbum, Sinéad se separa do baterista John Reynolds e começar a namorar o cantor negro Hugh Harris. Mas não era sua vida privada que chamava a atenção e sim suas declarações e ações que foram além dos ataques à política. Divulgando o álbum nos Estados Unidos, a cantora se recusou a cantar em um show na cidade de New Jersey, simplesmente porque os organizadores tocaram The Star Spangled Banner, hino norte-americano, antes de seu show. Em outra ocasião criticou Frank Sinatra, deixou de se apresentar no programa Saturday Night Live, simplesmente pela participação de Andrew Dice Clay, ator, de quem ela não gostava. Não bastando, Sinéad não compareceu a entrega dos Grammy Awards, apesar de concorrer a quatro prêmios.

A cantora confunde seu público ao lançar o disco Am I Not Yor Girl? em 1992. O trabalho era uma coletânea de canções pop tradicionais e bateu de frente com as expectativas causadas pelo lançamento de I Do Not Want… Apesar disso, Sinéad continuava a causar rebuliço por onde passava. Aceitando, finalmente, o convite para se apresentar no Saturday Night Live, Sinéad, no final de sua apresentação, rasgou uma foto do Papa João Paulo II, resultando em uma onda de reclamações e acusações contra sua pessoa. Dois anos depois, ao se apresentar em um tributo ao cantor Bob Dylan no Madison Square Garden, em Nova York, a cantora foi sonoramente vaiada assim que subiu ao palco.

Quase como um paria, Sinéad resolveu se retirar temporariamente dos holofotes e volta para Dublin para estudar Opera. Durante estas férias, a cantora estrela uma montagem teatral para Hamlet e sai e se apresenta ao lado de Peter Gabriel no festival WOMAD. Neste meio tempo sofre uma crise nervosa e quase tenta o suicídio.

Em 1994, entretanto, Sinéad volta à música pop com o disco Universal Mother que, apesar das boas críticas, mostra-se pouco atrativo para os fãs. No mesmo ano divulga que não falará mais com a imprensa por tempo indeterminado. Três anos depois, em 1997, lança o EP Gospel Oak e apenas em 2000 a cantora volta com um álbum cheio, o disco Faith and Courage.

Dois anos depois e chega às lojas o álbum Sean-Nós Nua, um retorno da cantora às tradições irlandesas e à música folk. Durante a divulgação do disco, Sineád aproveita para dizer que estava se retirando definitivamente da música. Em setembro de 2003 é lançado o álbum duplo She Who Dwells, uma coleção de músicas raras e material gravado, mas nunca lançado, além de gravações ao vivo. O disco colocou a cantora novamente em evidência, mas ela não se manifestou sobre o assunto. Em 2005 é a vez de Collaborations, uma coletânea que trazia as aparições da cantora na obra de outros artistas. No mesmo ano, mais para o final, é lançado Throw Down Your Arms, uma nova coletânea, agora com clássicos do reggae, interpretados por ela.

Agora, em 2007, Sinéad O´Connor lança mais um disco, Theology, no qual transporta os Salmos bíblicos para a música pop. Independentemente de continuar trabalhando, Sinéad continua se recusando a conversar com os jornalistas.








Theology: 2007
CD1: Dublin Sessions:
01. Something Beautiful
02. We People Who Are Darker Than Blue
03. Out Of The Depths
04. Dark I Am Yet Lovely
05. If You Had A Vineyard
06. Watcher Of Men
07. 33
08. Glory Of Jah
09. Whomsoever Dwells
10. Rivers Of Babylon
11. Hosanna Filio David

CD2: London Sessions:
01. Something Beautiful
02. We People Who Are Darker Than Blue
03. Out of the Depths
04. 33
05. Dark I Am Yet Lovely
06. I Don’t Know How to Love Him
07. If You Had a Vineyard
08. The Glory of Jah
09. Watcher of Men
10. Whomsoever Dwells
11. Rivers of Babylon
She Who Dwells: 2003
CD1:
01. Regina Caeh
02. O Film et Filiae
03. My Love I Bring
04. Do Right Woman, Do Right Man
05. Love Hurts
06. Ain't It a Shame
07. Chiquitita
08. Brigidine Diana
09. It's All Good
10. Love Is Ours [Demo]
11. Hundred Thousand Angels
12. You Put Your Arms Around Me [Demo]
13. Emma's Song
14. No Matter How Hard I Try [Demo]
15. Dense Water, Deeper Down
16. This Is a Rebel Song
17. 1000 Mirrors - Asian Dub Foundation
18. Big Bunch of Junkie Lies
19. Song of Jerusalem

CD2:
01. Molly Malone
02. Óro, Sé Do Bheatha 'Bhaile
03. Singing Bird
04. My Lagan Love
05. I Am Stretched on Your Grave
06. Nothing Compares 2 U
07. John I Love You
08. Moorlough Shore
09. You Made Me the Thief of Your Heart
10. Paddy's Lament
11. Thank You for Hearing Me
12. Fire on Babylon
13. Last Day of Our Acquaintance
Sean nos-nua: 2002
01. Peggy Gordon
02. Her Mantle So Green
03. Lord Franklin
04. The Singing Bird
05. Óró, Sé Do Bheatha ‘Bhaile
06. Molly Malone
07. Paddy’s Lament
08. The Moorlough Shore
09. The Parting Glass
10. Báidín Fheilimí
11. My Lagan Love
12. Lord Baker (with Christy Moore)
13. I’ll Tell me Ma
Faith & Courage: 2000
01. The Healing Room
02. No Man's Woman
03. Jealous
04. Dancing Lessons
05. Daddy I'm Fine
06. 'Til I Whisper U Something
07. Hold Back the Night
08. What Doesn't Belong to Me
09. The State I'm In
10. The Lamb's Book of Life
11. If U Ever
12. Emma's Song
13. Kyrie Eleison
Gospel Oak: 1997
01. This Is to Mother You
02. I Am Enough for Myself
03. Petit Poulet
04. My Love
05. This Is a Rebel Song
06. He Moved Through the Fair [Live]
So Far - The Best of Sinéad O'Connor: 1997
01. Nothing Compares 2 U
02. Mandinka
03. The Emperor's New Clothes
04. The Last Day Of Our Acquaintance
05. Fire On Babylon
06. Troy
07. I Am Stretching On Your Grave
08. Success Has Made A Failure Of Our Home
09. John I Love You
10. Empire - Bomb The Bass
11. I Want Your (Hands On Me)
12. Heroine (Theme From Captive)
13. Don't Cry For Me Argentina
14. You Made Me The Thief Of Your Heart
15. Just Like U Said It Would B
Universal Mother: 1994
01. Germaine
02. Fire On Babylon
03. John, I Love You
04. My Darling Child
05. Am I A Human?
06. Red Football
07. All Apologies
08. A Perfect Indian
09. Scorn Not His Simplicity
10. All Babies
11. In This Heart
12. Tiny Grief Song
13. Famine
14. Thank You For Hearing Me
Am I Not You Girl?: 1992
01. Why Don't You Do Right?
02. Bewitched, Bothered and Bewildered
03. Secret Love
04. Black Coffee
05. Success Has Made a Failure of Our Home
06. Don't Cry for Me Argentina
07. I Want to Be Loved by You
08. Gloomy Sunday
09. Love Letters
10. How Insensitive
11. Scarlet Ribbons
12. Don't Cry for Me Argentina [Instrumental]
I Do Not Want What I Haven't Got: 1990
01. Feel So Different
02. I Am Stretched On Your Grave
03. Three Babies
04. Emperor's New Clothes
05. Black Boys on Mopeds
06. Nothing Compares 2 U
07. Jump in the River
08. You Cause as Much Sorrow
09. Last Day of Our Acquaintance
10. I Do Not Want What I Haven't Got
The Lion and The Cobra: 1987
01. Jackie
02. Mandinka
03. Jerusalem
04. Just Like U Said It Would B
05. Never Get Old
06. Troy
07. I Want Your (Hands on Me)
08. Drink Before the War
09. Just Call Me Joe




Nenhum comentário:

Postar um comentário